domingo, 9 de outubro de 2011

O ESSENCIAL SOBRE ESTEVE JOBS QUE VOCÊ ACHOU QUE O JN IA LHE CONTAR

Eu me lembro com tristeza da enorme comoção que tomou conta de mim quando John Lennon foi assassinado e quando Elis Regina morreu. Um vazio profundo me invadiu, uma solidão tão grande que me deixou em lágrimas o dia todo, no trabalho, na faculdade, no ônibus de volta pra casa.

A partida de Esteve Jobs, contudo, foi diferente. Estava tweetando ontem à noite, geralmente é o tempo que me sobra para essa navegação. De repente o Pedro Tourinho tweetta Confirmado. Esteve Jobs morreu. E o assunto foi tomando conta da tela. Logo a Sonia Bertocchi diz Coisa mais linda Google.com linkado direto pra página da Apple. Isso é que é homenagem!


E surge o pitaco muito bom da revista A História Musical de Steve Jobs: http://www.rollingstone.com.br/fotos/#imagem0  O cleberparadela filosofa E a Dona Canô vai enterrar o Steve Jobs #RumoAos200 Daí o luiznassif conta no excelente Brasilianas http://bit.ly/prBcYf O dia em que o Brasil perdeu Steve Jobs

A Garota sem fio, Bia Kunze, vem com RIP Steve :( que eu retwetei para todos os meus contatos. O bob_fernandes surge com Legado de Steve Jobs é muito maior que a Apple, opina cientista Silvio Meira http://bit.ly/ohe4uK  Os jornalistas de volta: Pedro Tourinho Aqui um comunicado da família de Jobs. "Steve died peacefully today surrounded by his family..." http://peu.me/nmnfid  e Dan Gillmor Remember Steve Jobs this way, in his own words: "Your time is limited, so don't waste it living someone else's life." http://bit.ly/4hnah5

O wwgoiabinha veio com esta Boa noite humanos...MORRE O GENIO DA MAÇÃ DOURADA...#RIPSteveJobs  A Linecarioca, simples e direta, Ele esperou até lançarem o iPhone 4s. O cara é foda no marketing até antes de morrer. #RIPSteveJobs 

Então a nairbello vem com aquele enorme sorriso e gostoso sotaque da Mooca, perguntando onde é o velório e o que vão servir lá.

O Fábio Montoanelli, comovido, Agora eu sei o que é essa água saindo meu iPad: lágrimas. #RIPSteveJobs  e o atrollcidades, antológico, Ele não morreu, só foi desenvolver melhor o ~iCloud~ #RIPstevejobs e então veio o Eduardo Toledo, notívago virtual como eu, espalhando que o desenho a seguir estava bombando na internet:


Foi bom compartilhar a tristeza e a informação, as lágrimas e as lições de vida, a partida de Jobs não se fez réquiem, se fez um gospel de gratidão.

Claro que assisti ao vídeo legendado da palestra no encerramento do ano letivo de 2005, na Universidade de Stanford, sabia dele mas relutava em assistir porque achava Jobs meio cabotino com aquela panca indiana jones dizendo que todos o copiavam. Apesar de admirar aqueles Macintochs lindos, reluzentes, estilosos e caros, me ligava mais no Windows que era o que eu aprendera sozinho a dominar e também porque achava a cara beatle de Bill Gates mais confiável.

Assistir este discurso ascendeu uma luz pra mim. Não é que o cara tinha os ideais da contracultura, dos hippies, da bossa lisérgica que dominou os jovens numa determinada época, anos 60, a crença e a iniciativa para que o amor, a paz e a liberdade dominassem o mundo? E sabia também, sem dúvida, de jovens idealistas ou não tombando nos raids de helicópteros no Vietnã ou sob tortura nos cárceres das ditaduras latinoamericanas.

O livro que fez a cabeça de Jobs na juventude e em cuja contracapa há a famosa frase citada no discurso é “Whole Earth Catalogue”, uma espécie de Google pré-histórico, uma enciclopédia universal e inventiva, em papel, norteada por um desejo de abraçar todo o conhecimento humano, sem perder de vista a liberdade, a criatividade e a preservação do meio ambiente.


Se você não foi um(a) mochileiro(a) e nem um(a) motoqueiro(a) e nem leu um dos livros ligados ao assunto como On The Road e nem viu mais de uma vez o filme Easy Rider, você não vai entender o que foi aquela época, nem tente.   

Jack Kerouak, autor do livro citado, assim descreveu em seu estilo armangedônico o espírito da era do sangue, suor e rock-and-rool:
"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

Bem, na civilização em rede, uma coisa leva a outra e refletindo sobre o significado da frase ”Stay hungry, stay foolish” (a da contracapa do livro de Estewart Brand) cheguei a este sr. que quero lhes apresentar, Rodolfo Araujo, no link que reproduzo abaixo:

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/stay-hungry-stay-foolish/30967/

Depois de ouvir a tradução da frase na voz disciplinada de William Bonner no JN, algo como mantenha-se faminto, permaneça bobo, precisava achar algo muito mais preciso sobre isso.

Rodolfo Araujo em seu artigo, além de oferecer o famoso discurso de Stanford legendado (YouTube) para quem queira e ainda não tenha assistido, assim traduz a polêmica frase:

“Mantenha-se faminto por coisas novas, mantenha-se certo de sua ignorância. Continue ávido por aprender, continue ingênuo e humilde para procurar. Tenha fome de vida, sede de descobrir. Stay hungry, stay foolish.”

Melhor do que isso, só uma conversa com o filósofo Sócrates, pela qual Jobs trocaria a própria vida.




Atualizando: no Fantástico de domingo, 9, onde deram destaque às três grandes lições de vida de Jobs, na terceira quando traduziu as famosas quatro palavras, não conseguiu superar a barreira da tradução irrefletida e lascou um fique sedento, permaneça ingênuo!