segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DONA LAURITA, AFRONTADA NOVAMENTE

No post da manhã de hoje comentei sobre as tentativas mais ou menos recentes de menosprezar a biografia de dona Laurita que foi nossa prefeita de 1964 a 1968.

Na época em que eu era o único colaborador do sr. Waldemar Gonçalves na feitura do seu livro de memórias, nos idos de 1997 a 1999 (“Taboão da Serra na Virada do Milênio” foi publicado em 2000), recebi dele um exemplar amarelado e puído do “Tablóide da Serra” de 19 / 2 / 1999.

O quinzenário publicado pelo jornalista Mário Aparecido de Souza (agora cego por diabetes como o já falecido ver. Arthur Félix) era uma edição especial alusiva aos 39 anos de emancipação de Embu e de Taboão. Os trechos que selecionei para o livro estão condensados no site “Taboão on Line” que você pode acessar aqui.


Na matéria sobre Dona Laurita ficamos sabendo que ela foi “a primeira prefeita depois da redemocratização do Brasil em 1946”. Isto respondia uma questão levantada por “puristas” da cidade que alegavam já haverem mais duas mulheres prefeitas na história do Brasil (o que é verdade se considerarmos apenas a “Velha República”), mais para encobrir o brilho do feito de Laurita do que para resgatar a fidelidade histórica.

Os que hoje se arvoram em censores de sua vida pessoal dizendo que não há uma “biografia completa oficial” (calafrios) teriam real proveito se pesquisassem melhor. Do jornal citado tiramos o seguinte trecho:
“Laurita Ortega Mari: carioca de Copacabana eleita prefeita de Taboão da Serra. Era rica, morava no Jardim Europa, mas foi obrigada a ir morar em Tabo]ao da Serra – Vinte anos em uma granja dando assistência à pobreza – Vai doar os seus subsídios de 100.000 cruzeiros por mês para os pobres (baseado na reportagem de Moacyr Jorge, do Diário de S.Paulo, de 09/10/63).”

Sobre sua amizade com o governador e a primeira-dama do Estado, seria proveitoso lerem isto, extraído do mesmo jornal:

Sobre o lançamento da pedra fundamental da maternidade que Laurita pretendia construir no terreno da Prodesp, cerimônia da qual participou a esposa do governador, Dona Leonor Mendes de Barros, e que valeu muitos votos para a candidata pois era época de eleições municipais, ficamos sabendo que “Laurita Ortega Mari foi eleita prefeita da cidade, aquela visita se deu no Km 18 da BR-2, mais precisamente no espaço em que hoje está localizada a área onde se realizam os ‘rodeios’ de Taboão, no terreno da Prodesp. A maternidade, porém ...” não se concretizou, o que demonstra que nem tudo que ela pleiteava ao governador era obtido.

E NOSSAS VIDAS VIRARAM TAPUME



Sr. Christian, tenho algumas obs. a fazer sobre “a falta de símbolos e de memória” que o sr. atribui a TS e que li num post do Facebook (grupo do sr. Duillio Farias).

Adequado dizer que não é de hoje que ouço afirmações desse tipo. A primeira e mais traumática foi nas avaliações finais das plenárias do Plano Diretor “Participativo” de TS em 2007. Sem a menor cerimônia, decretaram que a cidade não tinha memória. Se quiser saber mais, navegue aqui.



Sr. Christian, Taboão tem sim símbolos, brasão, bandeira, hino, árvore-símbolo e Cristo Redentor e na sua origem todas estas coisas nos conduzem a um sr. já falecido, Waldemar Gonçalves, “raspado” da dita história oficial da cidade por um revisionismo farisáico. OK?

As fotos do Centro de Memória pertencem aos munícipes e famílias que as forneceram ao projeto do “kit didático da PMTS” produzido pela Equipe de História da Secretaria Municipal da Educação, em 2002 e 03, ainda no governo FF. A responsável pelo projeto é a prof. Maria Cândida Delgado Reis com mais seis pesquisadoras. A elas caberia catalogar detalhadamente cada foto, usar scaners delas para a publicação objeto do projeto (e só para ela), mantê-los sob guarda, controle e segurança da administração e devolver os originais aos legítimos donos.

Mesmo que familiares dos pioneiros já falecidos tivessem (e há casos assim) “doado” as fotos e os scaners posteriormente feitos pela Equipe de História, e mesmo se tivessem autorizado por escrito que fossem usadas livremente, uma vez que confiavam nas pessoas que as entrevistaram, ainda mais por isso, estas não tinham o direito de tratá-las como clip-arts retrôs que é mais ou menos o que elas se tornaram hoje. A incorporação dessas imagens ao “arquivo do Portal” é portanto arbitrária. OK?

O fato delas estarem “de posse agora do O taboanense” não dá ao Portal o direito de dispor delas como bem entender. Um dos motivos é que elas não estão identificadas (nem legendas têm) como seria obrigação que o Centro de Memória fizesse, caso os critérios para isso fossem estabelecidos numa regulamentação. O que não existe porque a Lei que criou o órgão, simplesmente ignorou esta necessidade. O ato de catalogar uma imagem histórica é trabalhoso e detalhado (chama-se tombamento). OK?

Os CDs que contêm todas as fotos do Centro de Memória “vazaram” na etapa da COEX (Coordenação Executiva) da gestão do atual prefeito. Esse órgão centralizador e poderoso requisitava e tinha como exigir qualquer foto ou documento histórico dos departamentos da PMTS. Sei isso de boa fonte, sei que é um dado concreto (e histórico) da realidade e que há pouca chance de eu estar errado. OK?

Mas muito antes disso, houve uma época em que o Portal publicava fotos antigas exigindo copyright (mencionar o Portal como fonte) pela publicação. As legendas, toscas, mencionavam coisas como “Dona Didi” (existem pelo menos três personalidades com esse apelido) e que as fotos seriam “colaboração de fulana de tal”.

Depois veio a era em que uma “pequena história de TS” assinada pelo proprietário do Portal figurava até no site da PMTS. Uma das imprecisões que lá permaneceu por anos era o nome do nosso grande pioneiro José André de Moraes escrito errado! E dali o erro se espalhou, indo parar até na Wikipédia,vejam só.

Sobre isso fiz chegar ofício detalhado ao sr. Maruzan, então Diretor de Comunicações da PMTS, entregue por pessoa em que confio plenamente. Chegou com certeza às suas mãos e nunca foi respondido. Quando vi, numa matéria do Portal, que este sr. elogiava e agradecia os pioneiros e suas famílias pela “doação” de fotos históricas, percebi o equívoco das autoridades: considerar as fotos antigas como objetos de transmissão intervivos, doação ou simples comércio.

Os direitos de imagem não são passíveis de alienação, doação ou transferência. Os pioneiros e suas famílias têm (deveriam ter) a decisão final de quando e como elas podem ser utilizadas. No caso das fotos históricas, o direito de imagem (por ex.,o seu pai ao lado da impressora em que editou grande número de jornais da região) não existe independente do seu suporte (a foto amarelada pelo tempo batida por você numa antiga câmara Kodak, por ex.) e a “doação completa e incondicional”, mesmo que exercida pelo “doador”, não tem valor legal. OK?

Mesmo que estas já fossem de “domínio público” (não são, para ser precisaria transcorrer 70 anos e não haver descendentes ou herdeiros do autor), não seria o poder público o único com autoridade (e clarividência) para administrá-las! Se assim fosse, estudiosos e pesquisadores independentes como Waldemar Gonçalves, Moacyr de Faria Jordão (Embu), Benevídes Beraldo (Itapecerica) e, em muito menor escala, a minha pessoa, nunca poderiam se ocupar das fotos e dos fatos históricos, escrever livros, dar palestras em escolas, curar exposições ou fundar museus. OK?

As fotos antigas do acervo da PMTS retratando pessoas e acontecimentos da gestão municipal durante décadas (incluídas fotos de cadastro apensas aos processos de construção) não pertencem ao Portal. Aliás, nem podiam ser disponibilizadas pela administração municipal da maneira aleatória como se fez. OK?

As fotos fornecidas pelas escolas municipais e estaduais (formaturas, eventos esportivos etc.) e por pessoas físicas (caso das fotos da BR publicadas no Portal) à Biblioteca Castro Alves na época da coleta de dados pela equipe de história também não pertencem ao Portal que não as poderia usar, como tem feito, como ilustração de matérias citando como fonte apenas o “arquivo” do jornal, coisa sem cabimento porque a mera publicação de uma foto não caracteriza propriedade da mesma, idéia que parece ser convicção do jornal desde longa data. Sobre isso ver o expediente do Portal . OK?

O uso de fotos dos arquivos da Câmara (fotos de vereadores de antigas legislaturas, eventos, cerimônias, sessões solenes etc.) também não é correta porque estas peças  não pertencem ao Portal. Esse importante material deveria, em primeiro lugar, ser disponibilizado para todos, provavelmente no Centro de Memória, desde que convenientemente identificado, datado, catalogado, contextualizado e autorizado pelo detentor dos direitos (fotógrafo, famílias ou ambos porque muitas dessas fotos foram “batidas” pelos próprios pioneiros). O Portal deveria ser apenas mais um pesquisador a consultar e reproduzir as fotos históricas e não ter a liberdade de acesso e reprodução ilimitada de que dispõe hoje.

Quanto à utilização dos CDs com as fotos históricas e sem legendas, convenientemente “vazados” do Centro de Memória, vou citar um exemplo notável das deformações que o uso free das fotos históricas, aos poucos, vai estabelecendo. Não sei como, mas essa coleção de imagens anônimas chegou à agência de publicidade do nosso Shopping que as colocou em dois tapumes daqueles que cercam os boxes vazios anunciando a futura instalação de uma nova loja.


Num deles, é mostrada uma banda frente à Câmara Municipal em 1960. O texto “Diz qual foi a última vez que você viu uma banda na cidade? Antes era sempre assim.” parte do princípio de que o leitor não sabia que antes era assim (tudo sossegado, fácil, tranquilo) e que ali naquele local do shopping, em breve, surgirá uma outra grande novidade que tornará a vida desse consumidor tão bacana e confortável como naqueles tempos.



No outro, uma imagem da Rod. Régis Bittencourt em 1970. O texto “Viajar naquela época era um sossego. Imagine, essa era a Rodovia Régis Bittencourt em 1970.” A foto é dada como do acervo particular da Família Pavone, embora na publicação da PMTS “Cenas da cidade Taboão da Serra 1918 a 1980” (editada em 2004) figure como do acervo de Valdirez de Jesus Pires.

Banda Municipal regida por Álvaro Manoel de Oliveira com o destaque
do Padre Carlos Spagnol com sua poderosa tuba
Citar a fonte “acervo particular da Família Tal” não esclarece como a foto de um acervo pessoal foi parar na agência (notar que propaganda é um empreendimento comercial, enquanto as fotos históricas não são clip-arts (coleção de desenhos ou fotos de uso indiscriminado, com ou sem custo).

Mas há outros problemas na mensagem dos tapumes. Em primeiro lugar a banda que lá aparece não é a do maestro Álvaro, a primeira e única banda na cidade na sua fundação. É a banda da Força Pública de São Paulo! E aqueles tempos não eram um “mar de rosas” como o cartaz pretende mostrar. Nossa bandinha sempre enfrentou problemas e acabou morrendo “à míngua” porque a PMTS da época não mais lhes deu transporte e lanches para que se apresentassem. O argumento era de que a cidade não era mais interior e podia descartar a bandinha típica.

No outro cartaz se alega que transitar pela BR 116 em 1970 era coisa tranquila porque não tinha trânsito. Nada mais descabido. A foto mostra pouco do leito carroçável da via, cujo acostamento ainda era de terra. Já naquela época a Régis era conhecida como a “rodovia da morte”, a vida não era nada fácil como insinua a propaganda. E nem mesmo como mostram as fotos “do arquivo do O Taboanense” agora publicadas, visões bucólicas livres das agruras da realidade (nem trânsito possuem).

E, sobretudo, os legítimos donos das fotos deveriam ser consultados sobre essa utilização de fotos dos respectivos acervos para referendar conceitos duvidosos. Talvez elas autorizassem o uso, mesmo considerando essas “evasões de contexto”. Talvez tenha ocorrido exatamente isso, a autorização. Mas, pessoal, a “troca de gato por lebre” que, na minha opinião, a peça publicitária oferece não recomenda muito o “resgate” histórico a que a PMTS e o Portal vêm se dedicando. OK?

Quem conseguiu chegar até aqui neste texto, merece saber o que acho sobre essa pesquisa que o sr. Christian fez “buscando fontes primárias (nao existe uma biografia oficial completa ainda da antiga prefeita Laurita por exemplo)”.

Os dados biográficos de dona Laurita são fartos e públicos. Esse “intento” que o sr. tem de uma “biografia oficial completa”, ameaça que já fez anteriormente num comentário do blog do sr. David da Silva, “Bar e Lanches Taboão”, demonstra, no meu entender, o interesse de ambos em esculhambar a querida personagem, como se ela tivesse escondido ou se envergonhado de ter sido vedete antes de se casar com o sr. Francisco Mari e de ter tido relações de amizade com o governador Adhemar de Barros e sua esposa Eloá Mendes de Barros, o que beneficiou muito TS.

Essas informações, boatos maldosos ou não (devemos lembrar que dona Laurita nunca fez segredo de que havia sido vedete) nunca foram escondidas.

Então, sr. Christian, não posso impedí-lo de pesquisar o que quiser em fontes “primárias” ou “secundárias” (não sei em qual categoria o sr. coloca o site que edito, o Taboão on Line), mas lhe peço prudência ao tornar público os resultados de tal procura porque (1) eu não dei nenhuma autorização para usarem o conteúdo do Taboão On Line para difamar ninguém, (2) a citação descuidada e fora de contexto de entrevistas lá publicadas implica responsabilidade de quem a praticar, seja em qual veículo for, e (3) não preciso lembrá-lo de que discutir a vida de quem já não está mais neste mundo para se defender é ofensivo, antiético e desumano. OK?

Caso o sr. e os leitores queiram ler a página da entrevista do sr. Waldemar e de dona Antonia, que deu origem involuntária à polêmica, cliquem aqui.




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Você chama isto de Parque Ecológico e Minizoo?! Chão!!

Na época em que fiz meu grupo escolar já não havia castigos físicos como palmatória, ficar ajoelhado em milho e outros recursos pedagógicos para manter a disposição e a disciplina dos brasileirinhos nos estudos.

Mas havia puxões de orelha, os “escreva 200 vezes ‘Não vou mais colar na prova’”, os “Burro” ou “Zero” escritos em vermelho sobre as folhas de problemas de matemática errados etc. Também sobreviviam os medievais ‘chapéus de burro’ que colocavam no peralta e o faziam passar a aula toda olhando pra parede, de castigo.

Parque quando foi aberto ao público em 82
Então muitas vezes ficavam vários castigados (às vezes, meninas, mas raras) sentados em banquinhos altos balançando as pernas e a coluna vergada pela vergonha e emburramento produzindo um ambiente péssimo, todo mundo querendo aparentar normalidade mas, na verdade, com pena dos colegas punidos e com medo de que o próximo seja um deles, covarde e injustamente punido por uma mestra ranzinza e paranóica. Ou um mestre antiquado e reacionário. Ou um inspetor de alunos que acordou com azia e resolveu descarregar nos moleques. Um terrível baixo astral.

A menos que tenha havido a abdução dos tratadores, veterinários, cozinheiros, vigilantes e do próprio Diretor do Parque das Hortênsias, coisa difícil mas não impossível nestes tempos de absurdo, tenho motivo para pensar que as autoridades municipais estejam nos pondo de castigo por não termos acreditado nem saído em sua defesa diante de seus protestos de inocência frente à perseguição da polícia e das espetaculosas prisões de vereadores no plenário da Câmara e de secretários municipais nos seus gabinetes no início de mais um profícuo dia de trabalho.

No primeiro livro de história da cidade do sr. Waldemar Gonçalves "Taboão da Serra Sua História Sua Gente" o Parque é destaque
Mas, mesmo aposentando a hipótese de vingança, precisamos reconhecer que o parque foi se desmilinguindo aos poucos na medida em que as promessas de reformas, conservação, recuperação e organização foram sendo esquecidas nos sucessivos governos por razão de pendengas políticas, mudanças de planos ou simples descaso.

Sobre este aspecto, veja no site que você acessa aqui, um verdadeiro relatório de como estava o Parque em  30 / 5 / 2005, quando o atual diretor assumiu e os seus planos para o futuro que, hoje, seis anos depois, podemos conferir e, claro, concluir alguma coisa.

Cerimônia do plantio de hortências em 79: começa a formação do Parque

Recomendação: estudando o assunto encontrei o blog da Ana Paula Caggiano que tem uma matéria sobre o Parque, inclusive com a entrevista da veterinária de lá. Veja aqui (abre na tag "Natureza", dai você vai rolando a tela até chegar às fotos e ao artigo a que me refiro). É uma visão clara do que é o dia-a-dia do Zoo no delicado limite que separa o sonho da realidade. Além do mais Ana Paula é uma excelente fotógrafa, confiram lá as fotos que ela fez do Parque, uma visão de visitante atento e sensível sobre um objeto que, já desgastado pela rotina, nós mesmos não conseguimos ver.

O tratador Geraldo pegando uma anta à unha
Confesso que tinha vaidade de ter um parque como o das Hortênsias na cidade onde moro. Convidava os amigos pra conhecerem, levava familiares pra passear, vibrava com as novidades dos nascimentos dos bichos, das espécies em extinção e dos bandos de aves de arribação que toda primavera atravessavam a cidade rumo ao parque onde veraneavam. Toda primavera era (ainda é, um pouco) o mesmo voo em formação e o alarido agradável que atraia nossos olhares para o céu.

É estranho que o Parque (que hoje já não tem mais hortênsias como em seu início) fundado por um dos nossos prefeitos mais empreendedores, esteja hoje nessa decadência. O então prefeito conseguiu, em 79, o patrocínio da Fuji Filmes, multinacional de filmes fotográficos, para implantação de um bosque onde os munícipes pudessem passear e fazer picnics. Houve uma cerimônia de plantio por escolares de 5.000 pés de hortênsias doadas por aquela empresa e também foram plantadas 500 mudas de ‘pinus eliotis’ (pinheiros), muitas das quais sobreviveram até nossos dias. Quando foi oficialmente inaugurado, em 19 de fevereiro de 82, ainda não era zoo. Três anos depois, chegou o leão Greg, e assim o local se tornou um zoológico. E Assim foi registrado no IBAMA em 1991.

Quando comecei a fazer o Taboão On Line, site de apoio a pesquisas escolares que até hoje comando, dediquei uma das páginas especiais sobre pontos turísticos ao nosso tradicional Parque, página que você pode ver aqui. Dos aspectos de cidade de que ali tratei, o Hortênsias me parecia o que menos mudaria no decorrer do tempo. Mas não era não.

Quando li o depoimento no Facebook dizendo o estado lamentável em que se encontra hoje o Parque das Hortênsias, fiquei muito triste. Principalmente com a falta de segurança do local, aspecto que poderia ser muito bem resolvido pela Guarda Civil Municipal e seu sistema de monitoramento por câmaras, caso já estejam funcionando plenamente, como foi divulgado.

No início tinha uma ponte com vista panorâmica do Parque e "pedalinhos", restando hoje apenas uma pequena ilha de madeira no meio do lago

Ontem, domingo, 4, um grupo de defensores do Parque (e da Natureza) estiveram frente a ele passando um abaixo assinado a ser encaminhado ao Prefeito exigindo providências. O diretor do Parque, Ricardo, apareceu e deu algumas explicações, o que é um ponto positivo. Na internet, as assinaturas na mesma petição já ultrapassam 380.

Leia  aqui e aqui boas matérias sobre a situação atual do Parque, respectivamente do Taboão Em Foco e do Jornal Na Net.

Uma característica do Parque pode voltar a ser a integração entre a flora e a fauna tema de aulas dadas ao vivo pelas escolas de Taboão da Serra e região
Numa prova de que a população taboense entra em ação rápido quando lhe pisam nos artelhos, a causa já tem um blog que vocês podem acessar aqui. Com abaixo assinado e tudo mais que tem direito um cidadão indignado. Já apareceu até uma jornalista, Vanessa Alcântara Holanda, interessada em dar uma cobertura nacional para o Parque. Seria muito bom porque nosso Zoo já foi considerado segundo maior de todo o estado de SP, e poderia voltar a ser, se fosse bem cuidado.

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Curiosidade 1 – nunca soube de um gorila no Parque, mas soube sim do babuíno Fred. Se alguém puder me informar, agradeço muito;

Curiosidade 2 – aquelas pedras enormes nos altos do Parque, foram pintadas por um artista taboense, o Satú. Você podem ver um foto do trabalho ainda não tão desgastado pelo tempo, clicando aqui e rolando a página “Periscópio” até o último item “grafites”;

Curiosidade 3 – essa calamidade no Parque ocorre quando justamente é promulgada a Lei Municipal 2.050, de 20/06/2011, que autoriza a criação do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais - COMDEA. Eles poderiam querer nos agradar um pouco, dando um pouco mais de comida aos animais, não acham?